Á ARVORE DA
VIDA
segundo
a Bíblia,
a Árvore
da Vida é
uma das duas árvores especiais que Deus colocou no centro do jardim chamado
Éden. A outra é a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo
fruto, Eva,
e depois Adão,
acabaram por comer por influência de uma serpente.
DISCRIÇÃO BÍBLICA
Os
pormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se apenas
a sua localização central no Jardim
do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de
alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino. Foram assim
expulsos desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que, tanto
Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim,
e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que
Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam
uma espada de fogo que se revolvia continuamente.
Segundo
o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação
do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta árvore não
possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria
um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para
aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus colocou essa
árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que comesse do seu
fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse
satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a
oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de
alcançar a vida eterna.
Outro
ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e Eva
comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:
"E
ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás
livremente," (Gen 2:16)
Com
exceção de UMA, a do conhecimento do bem e do mal. Isso implica que eles já
podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior.
Aceitando esse raciocínio, era o fruto literal da árvore que garantia a vida
eterna.
REFERÊNCIAS NO TEXO BÍBLICO
A
Bíblia faz referência directa a esta árvore apenas no primeiro e no último
livro:
§ Génesis
2:9
"Jeová
(Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para
alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do
conhecimento do que é bom e do que é mau." - Tradução do Novo Mundo das Escrituras
Sagradas, (1986)
§ Génesis
3:22-24
"Então
disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal;
ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e
viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para
lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs
querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao
redor, para guardar o caminho da árvore da vida." - Almeida, Versão C orrigida e Fiel
No
último livro da Bíblia, o Apocalipe
ou Revelação, ao se mencionarem sete cartas enviadas por Jesus Cristo a
igrejas ou congregações em sete cidades, faz-se a seguinte referência
concernente aos cristãos em Éfeso:
§ Revelação
ou Apocalipse 2:7
"Quem
tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer
(do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus." – Bíblia Avé Maria
Apesar
de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem outras
referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, mencionadas
nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 12 e Revelação
22:2, 14. No livro de Provébios surge
a expressão "árvore de vida" associada com a verdadeira sabedoria,
com os frutos do justo, com a realização de uma coisa desejada, e com a calma
da língua (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4).
REFERÊNCUIA A UMA ARVORE DA VIDA
EM DIVERSAS CULTURAS
A
pesquisadora Maerlin
Stone apresenta uma religião
matriarcal cujo culto universal da serpente era
o símbolo fundamental de sabedoria espiritual, fertilidade, vida e força. A autora
desenvolve o tema segundo o qual a religião matriarcal era disseminada desde a
Pré-História até as cvilizações pagãs e a Bíblia seria
o resultado de um esforço para substituir a adoração à Grande Deusa ou Deusa mãe pela
religião patriarcal de um Deus hebraico/cristão, exemplificada pela árvore da vida (alegoria
bíblica do Paraíso)
e local de culto à Deusa, onde eram oferecidos os frutos (exemplificada na maçã) em sua
homenagem.
Diversos
povos antigos possuem histórias mitológicas que fazem recordar a descrição
bíblica de um paraíso terrestre original, o Jardim do Éden.
Inscrições em argila,
selos cilíndricos, folhas de papiro,
monumentos, e outras evidências similares, foram descobertos contendo os
conceitos religiosos de povos que, embora vivessem em locais geográficos
distintos e possuíssem crenças divergentes, ainda assim possuíam lendas de um Éden.
Sobre este assunto, o arqueólogo Sir Charles
Marston, no seu livro The Bible Comes
Alive (A
Bíblia Ganha Vida) observa:
"Ao
examinar os antigos escritos cuneiformes, alguns anteriores a Abraão,
e os selos gravados e esculturas em pedra de Babilónia,Assíria e de outras
civilizações primitivas, revela-se-nos notável inclinação da evidência. Até mesmo
da proporção comparativamente pequena dessas relíquias de um passado remoto que
chegam a nossa atenção, derivamos a impressão de que as histórias da Criação, da Tentação e da Queda do Homem [...] conforme
descritas no Gênesis,
eram então assunto de conhecimento actual. E que, talvez num ambiente
politeísta, eram ensinadas nas escolas deUR dos Caldeus."
Babilónia
Alguns
escritos religiosos da antiga Caldéia afirmam
que:
"Próximo
de Eridu havia um jardim em que havia misteriosa Árvore Sagrada,
uma Árvore
da Vida, plantada por divindades, cujas raízes eram profundas, ao passo que
os ramos atingiam o céu, protegido por espíritos guardiões, e sem nenhum homem
entrar."
Jonh
Elder, no seu livro Prophets,
Idols and Diggers (Profetas,
Ídolos e Escavadores), comenta:
"Na
antiga literatura babilónica há frequentes referências à Árvore da Vida,
tal como mencionada em Génesis 2:9.
Representações da árvore são frequentes em baixos-relevos e selos de alabastro.
Seus frutos supostamente conferiam vida eterna aos que comessem deles. Certa
impressão em um selo cilíndrico entre as encontradas parece ser gravura da
tentação e da 'Árvore da Vida."
Egipto
Os
antigos egípcios, também possuíam lendas similares sendo que numa delas se
apresentava a crença de que, depois do Faraó morrer,
havia uma árvore da vida da qual teria de comer para se sustentar no domínio do
seu pai, Rá.
Outros
povos
Há
muitas outras raças cujas crenças e mitologias se acham entremeadas com
características semelhantes ao Éden bíblico. O livro The Migration of
Symbols (A
Emigração de Símbolos), de G. d’Alviella, possui um capítulo, com mais de
cinquenta páginas, devotado aos simbolismos e à mitologia associados com
árvores sagradas. O texto e as numerosas ilustrações fornecem indícios de
reflexos da árvore da vida e da árvore
do conhecimento do bem e do mal nas crenças
dos fenícios, sírios, persas, gregos, sicilianos, maias, aztecas, javaneses,
japoneses, chineses e indianos.
Por
exemplo, menciona-se nesse capítulo "que os persas possuíam uma tradição
duma Árvore
da Vida, a haoma,
cuja resina conferia
a imortalidade". Também "que a crença numaÁrvore da Vida existia entre os
chineses. As tradições mencionam sete árvores maravilhosas. [...] Uma delas,
que era de jade, conferia a imortalidade pelo seu fruto". Relata ainda que
a mitologia escandinava menciona uma árvore sagrada chamada Yggdrasill,
sob uma das raízes da qual se dizia manar uma fonte em que residiam todo o
conhecimento e toda a sabedoria. Outra lenda fala duma deusa que guardava numa
caixa as Maçãs
da Imortalidade, das quais os deuses
partilhavam a fim de renovar a juventude.
Quanto
à mitologia grega, o livro Manual
of Mithology, de A.S.
Murray, refere na página 173:
"Acreditava-se
que os Jardins das Hesperides,
com as maçãs de ouro, existiam numa ilha do oceano [...] Eram muito famosos na
antiguidade; pois era lá que fluíam as fontes de néctar, pelo divã de Zeus,
e ali que a terra exibia as mais raras bênçãos dos deuses; era outro Éden".
Muitos
dos nativos de Papua,
no Pacífico, crêem numa árvore invisível na qual, e ao redor da qual, todos os
que levaram vidas boas, antes de morrerem, vivem eternamente, felizes e livres
de preocupações.
Harold Baily, no seu livro The Lost Language of
Symbolism, relata sobre as Américas:
"Há
um manuscrito mexicano no Museu
Britânico em que são representadas duas
figuras colhendo os frutos da chamada "Árvore de Nossa Vida". Os
maias e outros povos da América Central sempre representaram suas árvores
sagradas' com dois ramos partindo horizontalmente do alto do tronco, assim apresentando
a semelhança duma cruz [...] e os primeiros missionários espanhóis no México verificaram,
para sua grande surpresa, que a cruz já se achava em uso ali "como
simbolizando uma Árvore da Vida".
Irmão Diac. Eusébio, estive a ver algumas coisas em seu blog, e dou graças por haver homens que se interessam em divulgar a Palavra de nosso Deus. Desejo deixar um convite, tenho um blog com o nome de Peregrino e Servo, se desejar fazer parte, eu ficaria radiante em tê-lo como meu amigo virtual, isto é se desejar, se não ficamos amigos na mesma. Decerto irei retribuir seguindo o seu blog também. Um obrigado e muita paz e graça do Senhor Jesus.
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