quinta-feira, 5 de abril de 2012

Árvore da vida


Á ARVORE DA VIDA
segundo a Bíblia, a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais que Deus colocou no centro do jardim chamado Éden. A outra é a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.
DISCRIÇÃO BÍBLICA
Os pormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que se revolvia continuamente.
Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus colocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que comesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de alcançar a vida eterna.
Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:
"E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente," (Gen 2:16)
Com exceção de UMA, a do conhecimento do bem e do mal. Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior. Aceitando esse raciocínio, era o fruto literal da árvore que garantia a vida eterna.
REFERÊNCIAS NO TEXO BÍBLICO
A Bíblia faz referência directa a esta árvore apenas no primeiro e no último livro:
§  Génesis 2:9
"Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau."  - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, (1986)
§  Génesis 3:22-24
"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." - Almeida, Versão C orrigida e Fiel
No último livro da Bíblia, o  Apocalipe ou Revelação, ao se mencionarem sete cartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades, faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso:
§  Revelação ou Apocalipse 2:7
"Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus."  Bíblia Avé Maria
Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem outras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 12 e Revelação 22:2, 14. No livro de Provébios surge a expressão "árvore de vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com a realização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4).
REFERÊNCUIA A UMA ARVORE DA VIDA EM DIVERSAS CULTURAS
A pesquisadora Maerlin Stone apresenta uma religião matriarcal cujo culto universal da serpente era o símbolo fundamental de sabedoria espiritual, fertilidade, vida e força. A autora desenvolve o tema segundo o qual a religião matriarcal era disseminada desde a Pré-História até as cvilizações pagãs e a Bíblia seria o resultado de um esforço para substituir a adoração à Grande Deusa ou Deusa mãe pela religião patriarcal de um Deus hebraico/cristão, exemplificada pela árvore da vida (alegoria bíblica do Paraíso) e local de culto à Deusa, onde eram oferecidos os frutos (exemplificada na maçã) em sua homenagem.
Diversos povos antigos possuem histórias mitológicas que fazem recordar a descrição bíblica de um paraíso terrestre original, o Jardim do Éden. Inscrições em argila, selos cilíndricos, folhas de papiro, monumentos, e outras evidências similares, foram descobertos contendo os conceitos religiosos de povos que, embora vivessem em locais geográficos distintos e possuíssem crenças divergentes, ainda assim possuíam lendas de um Éden. Sobre este assunto, o arqueólogo Sir Charles Marston, no seu livro The Bible Comes Alive (A Bíblia Ganha Vida) observa:
"Ao examinar os antigos escritos cuneiformes, alguns anteriores a Abraão, e os selos gravados e esculturas em pedra de Babilónia,Assíria e de outras civilizações primitivas, revela-se-nos notável inclinação da evidência. Até mesmo da proporção comparativamente pequena dessas relíquias de um passado remoto que chegam a nossa atenção, derivamos a impressão de que as histórias da Criação, da Tentação e da Queda do Homem [...] conforme descritas no Gênesis, eram então assunto de conhecimento actual. E que, talvez num ambiente politeísta, eram ensinadas nas escolas deUR dos Caldeus."
Babilónia
Alguns escritos religiosos da antiga Caldéia afirmam que:
"Próximo de Eridu havia um jardim em que havia misteriosa Árvore Sagrada, uma Árvore da Vida, plantada por divindades, cujas raízes eram profundas, ao passo que os ramos atingiam o céu, protegido por espíritos guardiões, e sem nenhum homem entrar."
Jonh Elder, no seu livro Prophets, Idols and Diggers (Profetas, Ídolos e Escavadores), comenta:
"Na antiga literatura babilónica há frequentes referências à Árvore da Vida, tal como mencionada em Génesis 2:9. Representações da árvore são frequentes em baixos-relevos e selos de alabastro. Seus frutos supostamente conferiam vida eterna aos que comessem deles. Certa impressão em um selo cilíndrico entre as encontradas parece ser gravura da tentação e da 'Árvore da Vida."
Egipto
Os antigos egípcios, também possuíam lendas similares sendo que numa delas se apresentava a crença de que, depois do Faraó morrer, havia uma árvore da vida da qual teria de comer para se sustentar no domínio do seu pai, Rá.
Outros povos
Há muitas outras raças cujas crenças e mitologias se acham entremeadas com características semelhantes ao Éden bíblico. O livro The Migration of Symbols (A Emigração de Símbolos), de G. d’Alviella, possui um capítulo, com mais de cinquenta páginas, devotado aos simbolismos e à mitologia associados com árvores sagradas. O texto e as numerosas ilustrações fornecem indícios de reflexos da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal nas crenças dos fenícios, sírios, persas, gregos, sicilianos, maias, aztecas, javaneses, japoneses, chineses e indianos.
Por exemplo, menciona-se nesse capítulo "que os persas possuíam uma tradição duma Árvore da Vida, a haoma, cuja resina conferia a imortalidade". Também "que a crença numaÁrvore da Vida existia entre os chineses. As tradições mencionam sete árvores maravilhosas. [...] Uma delas, que era de jade, conferia a imortalidade pelo seu fruto". Relata ainda que a mitologia escandinava menciona uma árvore sagrada chamada Yggdrasill, sob uma das raízes da qual se dizia manar uma fonte em que residiam todo o conhecimento e toda a sabedoria. Outra lenda fala duma deusa que guardava numa caixa as Maçãs da Imortalidade, das quais os deuses partilhavam a fim de renovar a juventude.
Quanto à mitologia grega, o livro Manual of Mithology, de A.S. Murray, refere na página 173:
"Acreditava-se que os Jardins das Hesperides, com as maçãs de ouro, existiam numa ilha do oceano [...] Eram muito famosos na antiguidade; pois era lá que fluíam as fontes de néctar, pelo divã de Zeus, e ali que a terra exibia as mais raras bênçãos dos deuses; era outro Éden".
Muitos dos nativos de Papua, no Pacífico, crêem numa árvore invisível na qual, e ao redor da qual, todos os que levaram vidas boas, antes de morrerem, vivem eternamente, felizes e livres de preocupações.
Harold Baily, no seu livro The Lost Language of Symbolism, relata sobre as Américas:
"Há um manuscrito mexicano no Museu Britânico em que são representadas duas figuras colhendo os frutos da chamada "Árvore de Nossa Vida". Os maias e outros povos da América Central sempre representaram suas árvores sagradas' com dois ramos partindo horizontalmente do alto do tronco, assim apresentando a semelhança duma cruz [...] e os primeiros missionários espanhóis no México verificaram, para sua grande surpresa, que a cruz já se achava em uso ali "como simbolizando uma Árvore da Vida".

REECARNAÇÃO

Reencarnação é uma idéia central de diversos sistemas filosóficos e religioso, segundo a qual uma porção do ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.

Características
A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Hinduísmo (já pregava esse conceito 5 mil anos antes de cristo), do Jainismo, do Culto de Tradição aos Orixás (Òrìsà)(já difundia esse conceito 5 mil anos antes de cristo), da teosofia, do Rosacrucianismo e da filosofia platônica, mais recentemente o Espiritismo (decodificado por Allan Kardec). Existem vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo Exotérico, que também admite a reencarnação.
Há referência recentes a conceitos que poderiam lembrar a reencarnação na maior parte das religiões, incluindo religiões do Egito antigo, religiões indígenas, entre outras. A crença na reencarnação também é parte da cultura popular ocidental, e sua representação é frequente em filmes de Hollywood. É comum no Ocidente a ideia de que o budismo também pregue a reencarnação, supostamente porque o budismo tenha se originado como uma religião independente do Hinduísmo. No entanto essa noção tem sido contestada por fontes budistas; para mais detalhes veja renascimento.
Origens
A crença na reencarnação tem suas origens nos primórdio da humanidade, nas culturas primitivas. De acordo com alguns estudiosos, a ideia se desenvolveu de duas crenças comuns que afirmam que:
§  Os seres humanos têm alma, que pode ser separada de seu corpo, temporariamente no sono, e permanentemente na morte;
§  As almas podem ser transferidas de um organismo para outro.
Segundo Diodoro Sículo, Pitágoras se lembrava de ter sido Euforbo, filho de Panto, que foi morto por Menelau na Guerra de troia.
Entre as tentativas de dar uma base "científica" a essa crença, destaca-se o trabalho do Dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos, que recolheu dados sobre mais de 2.000 casos em todo o mundo que evidenciariam a reencarnação. No Sri Lanka (país onde a crença é muito popular), os resultados foram bem expressivos.
Segundo os dados levantados pelo Dr. Stevenson, os relatos de vidas passadas surgem geralmente aos dois anos de idade, desaparecendo com o desenvolvimento do célebro. Uma constante aparece na proximidade familiar, embora haja casos sem nenhum relacionamento étnico ou cultural. Mortes na infância, de forma violenta, aparentam ser mais relatadas. A repressão para proteger a criança ou a ignorância do assunto faz com que sinais que indiquem um caso suspeito normalmente sejam esquecidos ou escondidos.
Influências comportamentais como fragmentos de algum idioma, fobias, depressões, talentos precoces (como em crianças prodígio), etc, podem surgir, porém a associação peremptória desses fenômenos com encarnações passadas continua a carecer de fundamentação científica consistente.
Dentre os trabalhos desenvolvidos por Dr. Stevenson sobre a reencarnação, destaca-se a obra "Vinte casos sugestivos de reencarnação".
Reencarnação versus Metempsicose
transmigração das almas ou metempsicose é uma teoria diferente da reencarnação, seguida por alguns adeptos de ensinamentos orientais, que propõe que o homem pode reencarnar de modo não-progressivo em animais, plantas ou minerais.Esse conceito é muitas vezes entendido literalmente, mas muitas tradições orientais entendem esse conceito miticamente, ou seja, significa que quem vive de forma primitiva, satisfazendo apenas seus desejos primitivos pode estar em uma reencarnação como animal mesmo em uma forma e corpo humano.
Reencarnação e Cristianismo
Diversos estudiosos espíritas e espiritualistas defendem que, durante os seis primeiros séculos de nossa era, a reencarnação era um conceito admitido por muitos cristãos. De acordo com eles, numerosos Padres da igreja ensinaram essa doutrina e apenas após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.c., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja, apesar de tal decisão não ter constado dos anais do Concílio. Afirmam ainda que Orígenes (185-253 d.C.), que influenciou bastante a teologia cristã, defendeu a ideia da reencarnação, além dos escritos de Gregório de Nisa (um bispo da igreja cristã no século IV) entre outros. Entretanto, tais afirmativas carecem de fundamentação histórico-documental. Por isso, os teólogos cristãos não só se opõem à teoria da reencarnação, como, também, à ideia de que ela era admitida pelos cristãos primitivos. Argumentam que não há referências na Bíblia, nem citações de outros Padres da Igreja, e que as próprias afirmações de Orígenes e de Gregório de Nisa aduzidas pelos estudiosos espíritas e de outras crenças espiritualistas, não são por aquelas citadas senão para as refutarem. Por outro lado, com base na análise da atas conciliares do Concílio de Constantinopla, constatam que os que ali se reuniram sequer citaram a doutrina da reencarnação - fosse para afirmá-la ou para rejeitá-la. Contra a reencarnação ainda cita-se Hebreus 9:27, o episódio dos dois ladrões na cruz em , a parábola do rico e Lázaro e Jô 10:21.
Passagens do Novo Tempo, como Mateus 11: 12-15, Mateus 16:13-17  e Mateus 17: 10-13, Marcos 6:14-15, Lucas 9:7-9 e João 3:1-12 são citados por espiritualistas como evidência de que Jesus teria explicitamente anunciado a reencarnação.
Tanto a Igreja Católica como os protestantes em geral denunciam a crença na reencarnação como herética. O cristianismo esotérico, por outro lado, admite e endossa abertamente a reencarnação - que é, inclusive, um dos pilares de sua doutrina. As teses reencarnacionistas, portanto, independentemente de serem corretas ou não, não encontram apoio na tradição judaico-cristã, cuja ortodoxia da doutrina as considera, na verdade, importações de outras tradições, tal como o hinduísmo e o budismo.
Existem provas históricas de que a doutrina da reencarnação contava com adeptos no antigo judaísmo, embora somente após escrita do Talmud - não há referências a ela neste livro, tampouco se conhecem alusões em escrituras prévias. A ideia da reencarnação, chamada gilgul, tornou-se comum na crença popular, como pode ser constatado na literatura iídicheintre os Judeus ashkenazi. Entre poucos cabalista, prosperou a crença de que algumas almas humanas poderiam reencarnar em corpos não-humanos. Essas ideias foram encontradas em diversas obras cabalísticas do século XIII, assim como entre muitos escritos místicos do século XVI. A coleção de histórias de Martin Buder sobre a vida de Baal Shem Tov inclui várias que se referem a pessoas reencarnando em sucessivas vidas.
Reencarnação e Ciência
A crença na sobrevivência da consciência após a morte é comum e tem-se mantido por toda a história da humanidade. Quase todas as civilizações na história tem tido um sistema de crença relativo à vida após a morte. Cientificamente, entretanto, inexiste qualquer motivo para sustentar ou rejeitar a hipótese.
As investigações científicas sobre assuntos relacionados ao pós-morte remontam particularmente ao século XIX, e, embora continuem a ser motivo de intenso debate entre leigos, não mais despertam interesse sério na comunidade acadêmica.
A objeção mais óbvia à reencarnação é que não há nenhum processo físico conhecido pelo qual uma personalidade pudesse sobreviver à morte e se deslocar para outro corpo. Mesmo adeptos da hipótese como Stevenson reconhecem esta limitação e atribuem a possível existência de tais fenômenos a propriedades naturais ainda desconhecidas da ciência.
Outra objeção é que a maior parte das pessoas não relembram vidas prévias. Além disso, estatisticamente, cerca de um oitavo das pessoas que "lembram" de vidas prévias se lembrariam de ter sido camponeses chineses; mas, entre os que se "lembra", a maioria lembra-se de situações sociais menos triviais e mais interessantes.
Alguns céticos explicam que as supostas evidências de reencarnação resultam de pensamento seletivo e falsas memórias comumente baseadas nos sistemas de crença e medos infantis dos que as relatam.
Acrescenta-se, por último, que a reencarnação é, no fundo, objeto de crença dos fiéis de determinados segmentos religiosos, da mesma forma que o é a ressurreição em outros segmentos religiosos. A ciência, como se sabe, não se presta a provar ou não a reencarnação ou a ressurreição. Isto porque, entre outros argumentos, a ciência se faz sobre um determinado recorte da realidade que pode ser provado, demonstrado, testado, etc. O aspecto subjetivo que sustenta as ideias da ressurreição e da reencarnação dificulta eventuais demonstrações, fazendo tais ideias aportarem então no âmbito da fé e da crença, o que não significa necessariamente qualquer falta de mérito de qualquer uma delas, senão que se limitam ao campo da fé e da experiência individual. Por mais evidentes que possam parecer alguns relatos, cientificamente, sob os atuais domínios do conhecimento científico, não podem ser provados.Mas como cristão temos a certeza disso.


RESSURREIÇÃO



Ressurreição em latin (resurrectione), grego(a·ná·sta·sis). Significa literalmente "levantar; erguer". Esta palavra é usada com frequência nas Escrituras bíblicas, referindo à ressurreição dos mortos. No seio do povo hebreu, a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida; assim, o ato de uma pessoa considerada morta viver novamente era chamado ressurreição. Existe a conotação escatológica adotada pela igreja católica para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo final.
Particularidades
A ressurreição é considerada por muitos teólogos como base para o cristianismo, já que o seu fundador ( Jesus cristo) segundo a Bíblia, ressuscitou pessoas e foi ressucitado Entre os relatos mais conhecidos está a ressurreição de Lazaro, que teria voltado à vida após quatro dias de sua morte. Este caso enfatiza o teor sobrenatural do episódio, pois testemunhas oculares, ainda segundo a Bíblia, e até mesmo opositores deJesus Cristo, comprovaram que realmente Lázaro havia falecido, e seu corpo fora deixado em sua câmara mortuária, e quando Jesus foi vê-lo, este estava em estado de decomposição.
A Ressurreição de Lázaro é um dos o milagre de Jesus, relatado em João 11:1-46, no qual Jesus traz Lázaro de Betânia de volta à vida depois de quatro dias de sepultamento. 
Os teólogos Moloney e Harrington enxergam nesta ressurreição um "milagre essencial" que inicia uma sequência de eventos que levará à crucificação de Jesus. Eles consideram-no como um "ressurreição que irá levar à morte", no sentido de que a ressurreição de Lázaro levará à morte de Jesus, o Filho de Desu, emJerusalém, que terminará por revelar a glória de Deus.
Este Lázaro não tem relação com Lazaro o leproso, tema de uma parábola de Jesus.
Narrativa bíblica
De acordo com o Evangelho de João, as irmãs de Lázaro informam a Jesus que Lázaro estaria doente e precisando de ajuda. Porém, Jesus afirma: "Esta doença não é para morte, mas para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado." Jesus então atrasa a sua viagem por dois dias. Os discípulos de Jesus temem voltar à Judeia, mas Jesus os ordena que o sigam, afirmando: "Lázaro morreu e por vossa causa folgo de não me achar lá, para que creiais". Quando eles chegaram em Betânia, Lázaro já estava morto e enterrado havia quatro dias.Marta, a irmã de Lázaro, diz então a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, não teria morrido meu irmão", mas Jesus reafirma para ela que seu irmão irá retornar e afirma:
«Eu sou a ressurreição e a vida. O que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o que vive e crê em mim, nunca jamais morrerá; crês isto?» (JOÃO 11: 25-26).
Jesus então travou um diálogo similar com Maria, irmã de Lázaro e de Marta, que chorava juntamente com outros Judeus. E então "Jesus chorou", compadecido. Logo em seguida, ele vai com todos até o túmulo de Lázaro, que já cheirava mal e diz: "Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?". Logo em seguida, em oração, ele pede:
«Pai, graças te dou que me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa desta multidão que me cerca, a fim de crerem que tu me enviaste.» (João 11:41-42)
Após ter dito isto, Jesus gritou em voz alta: " Lázaro, sai para fora!" O morto então saiu, com as mãos e pés enrolados em tiras de linho e com panos à volta do rosto. Jesus disse então ao grupo: "Desatai-o e deixai-o ir.
A ressurreição de Jesus é o evento chave da doutrina cristã e sua teologia. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi crucificado, morreu, foi sepultado em um túmulo, e ressuscitou três dias mais tarde (João 19:30-31, Marcos 16:1, Marcos 16:6). O Novo Testamento também menciona várias aparições de Jesus ressurreto em diversas ocasiões aos seus doze apóstolos e discípulos, incluindo os "mais de quinhentos irmãos de uma só vez" (1 Cor. 15:6). A morte de Jesus juntamente com a sua ressurreição faz parte dos fundamentos da doutrina da salvação.
As Escrituras confirmam que Jesus ressuscitou dos mortos. A Bíblia diz em Mateus 28:5-6 “Mas o anjo disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia.” 
A ressurreição aconteceu exatamente como os profetas privaram. A Bíblia diz em 1 Coríntios 15:3-4 “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” 
A ressurreição de Jesus é a verdade central da fé Cristã. A Bíblia diz em 1 Coríntios 15:14-17 “E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados. Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados.” 
Que ensina a Bíblia sobre a nossa ressurreição da morte? A nossa ressurreição é certa por causa da ressurreição de Jesus. A Bíblia diz em 1 Coríntios 15:12-14 “Ora, se prega que Cristo foi ressucitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos? Mas se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” 
Os nossos corpos ressuscitados serão diferentes dos corpos que temos agora e serão eternos. A Bíblia diz em 1 Coríntios 15:51-53 “Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” 
Por causa da ressurreição de Cristo, Ele tem poder para ressuscitar relações pessoais que estão destruídas e aqueles que estão mortos espiritualmente. A Bíblia diz em Filipenses 3:10 “Para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte.” Efésios 2:1, 4, 5 “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, …Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).”





ENCARNAÇÃO


ENCARNAÇÃO DENTRO DA RELIGIÃO
Encarnação (do latim in carnare, "fazer-se carne") é um conceito religioso presente no cristianismo, budismo, hinduísmo e rastafarianismo.
Encarnação não é o mesmo que reencarnação; a Bíblia fala da encarnação do Verbo para enfatizar que Deus fez-se homem (João 1.14; 1Timóteo 3.16), pois Jesus veio em carne (1João 4.1,2).
A Reencarnação é a ação de encarnar-se sucessivas vezes ou seja, derivada do conceito aceito por doutrinas religiosas e filosóficas de que, na morte física, a alma não entra num estágio final, mas volta ao ciclo de renascimentos. Heródoto menciona esta doutrina como sendo de origem egípcia, sendo que a reencarnação se dava instantaneamente após a morte, passando a alma para uma criatura que estava nascendo (que poderia ser da terra, da água ou do ar), percorrendo todas as criaturas em um ciclo de três mil anos. Platão já tratava deste conceito em suas obras. Atualmente, esta crença é defendida por religiões de origem hinduístas e espiritualistas. É chamada também de transmigração da alma e Metempsicose (esta última mais encontrado em filosofias orientais, onde a alma pode regressar em corpos de animais).
Encarnação no cristianismo
O substantivo encarnação ou o adjetivo encarnado não são encontrados na Bíblia, mas o equivalente grego do latim "in carne" (τη σαρκι ,en sarki, "na carne") se encontra em algumas declarações importantes no Novo Testamento a respeito da pessoa e obra de Jesus Cristo. Em 1 Timóteo 3:16 fala sobre "Aquele que foi manifesto na carne". João atribui ao espírito do anticristo qualquer negação que Jesus Cristo "veio em carne", (1 João 4:2). Paulo diz que Cristo realizou sua obra de reconciliação "no corpo da sua carne" isso quer dizer que Cristo pela sua morte nos reconciliou com DEUS,(Colossense 1:22; Efésio 2:15), e que ao enviar Seu Filho "em semelhança de carne pecaminosa" Deus "condenou ... na carne, o pecado" (Romanos 9:3). Paulo se refere a Cristo que morreu "na carne" (no grego sarki, modo dativo de referência) por alguém (1 Pedro 3:18; e 4:1. Todos esses textos mostram de diversas maneiras que Cristo garante a salvação porque veio em "carne" e morreu "na carne".
Em teologia do cristianismo chama-se a vinda de Jesus como encarnação e a sua morte de expiação.
Nesse sentido teológico, "carne" não é de maneira nenhuma alguma coisa que o homem possui, mas é antes uma coisa que o homem é, sinalizado pela fraqueza e fragilidade próprias da criatura e nesse particular aparece em contraste com "espírito", a eterna e inextinguível energia que pertence a Deus e é Deus.
Por consequência, dizer que Jesus Cristo veio e morreu "na carne" é afirmar que ele veio e morreu no estado sob as condições da vida física e psíquica criada, isto é, aquele que viveu e morreu era homem. Por outro lado, afirma também que aquele que morreu eternamente era e continua a ser Deus. A fórmula que emoldura a encarnação, portanto, é que, em algum sentido, sem ter deixado de ser Deus, Deus se fez homem. Isto é exatamente o que João afirma "O Verbo" (agente de Deus na criação, que "no princípio", antes da criação, não apenas "estava com Deus", mas era em si mesmo "Deus" ,João 1:1-3 e "se fez carne" João 1:14.
A origem da crença
Considerando o pano de fundo do Antigo Testamento, a afirmação da encarnação dentro de um conceito do monoteísmo, pode parecer blasfêmia e sem sentido, como assim considera o Judaísmo ortodoxo. Significaria que o próprio criador se tornou uma de suas próprias criações o que é uma contradição teológica. Acreditava-se anteriormente que a origem judaica seria um sobre-humano pré-existente "Messias", ou então vinculados dos mitos de outras religiões politeístas que acreditam em deuses redentores, típica das religiões helenista e dos gnósticos.
A cristologia moderna tem demonstrado que uma reivindicação virtual de deidade está inclusa no Novo Testamento, nos próprios dizeres de Jesus histórico, conforme registrado nos evangelhos sinóticos e que a aceitação dessa reivindicação era fundamental para a fé e a adoração da igreja primitiva da Palestina, conforme relatado nos Atos dos Apóstolos, de historicidade substancial. O fato é que a própria vida, ministério morte e ressurreição de Jesus convenceu seus discípulos a respeito da sua deidade. Antes mesmo do dia de Pentecostes os primeiros crentes já oravam a Jesus, chamando-O de Senhor (Atos 1:21) e batizavam em seu nome(Atos 2:38) e tinham fé no seu nome(Atos 3:16) e o proclamavam como aquele que concede arrependimento e remissão de pecados (Atos 5:31), o que é atributo exclusivamente de Deus. Apesar de Atos dos Apóstolos não afirmar categoricamente a deidade de Jesus fazia parte da fé dos cristãos.
A formulação teológica sistemática da crença na encarnação veio depois, mas a própria crença já estava presente na igreja desde o principio.
No Novo Testamento
Os escritores do Novo Testamento, em particular João, Paulo e o autor de Hebreus, não falam em parte alguma ou tratam das questões metafísicas do modo da encarnação ou de questões psicológicas do estado de encarnado, isto só veio surgir de forma proeminente no século IV nas discussões cristológicas, em especial no Concílio de Calcedônia, no ano de 451. Eles estavam preocupados em demonstrar a pessoa de Jesus, exibição de sua obra e principalmente na vindicação da posição central no propósito redentor de Deus. O único sentido que os escritores tentam explicar a encarnação é mostrando como isso que aplica no plano que Deus traçou para redimir a humanidade. (Romanos 8:3; João 1:18; Hb:1-2; Hb:4-5; Hb 7-10)
Interessante observar que os escritores do Novo Testamento não discutem a respeito do nascimento virginal de Jesus como testemunho da conjunção entre a deidade e a humanidade da sua pessoa. Essa linha tem sido explorada somente na teologia recente. Entretanto, os escritores não ignoram esse fato, mas eles focam no propósito da salvação proposta por Deus. Os dois escritores que narram o nascimento virginal (Mateus e Lucas) colocam ênfase não no mistério do nascimento, mas sim que Deus começou a cumprir a sua intenção de que visitaria e redimiria o seu povo. O ponto de vista é apenas soteriológico.
Os escritores percebem que tanto a deidade como a humanidade de Jesus são elementos fundamentais em sua obra salvadora. Da mesma forma que a divina filiação de Jesus garante a interminável duração, a perfeição impecável e a eficácia sem limites de sua obra sumo-sacerdotal (Hebreus 7:3,Hb:16, Hb:24-28), assim também a sua deidade foi capaz de derrotar o diabo "valente" que mantinha os pecadores num estado de impotente cativeiro. (Hb 2:14ss; Ap 20:1ss)
Semelhantemente os escritores percebem que era necessário que o Filho de Deus fosse feito carne, pois somente assim poderia tomar o lugar como segundo homem , através de quem Deus trata a raça humana. (1 Coríntios 15:21) Somente dessa maneira poderia ser o mediador entre Deus e os homens (Timóteo 2:5), e somente assim poderia morrer em favor dos pecadores, pois somente tendo carne é que poderia morrer. O pensamento da encarnação no Novo Testamento está de tal modo ligado que não se aplica esse termo à humanidade de Jesus em seu estado glorificado e incorruptível. Os "dias da suas carne" Hebreus 5:7 significam o tempo que ele passou no mundo até o dia da cruz.
João se preocupa em deixar clara a questão de Jesus verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, combatendo, então o posicionamento contrário como sendo um espírito do anticristo, uma linha cristológica docético de Cerinto, que negava a realidade da carne e, portanto, negava a encarnação e consequentemente a morte física, portanto negando o Pai assim como o Filho. Essa ênfase de João além de ser observada nas suas duas primeiras epístolas é notada no evangelho, quando mostra a realidade da experiência da fraqueza humana de Jesus: cansaço João 4:6; sede João 4:7, João 19:28 lágrimas João 11:33) tinham a clara intenção de combater o ensino docético.
A Irmandade polonesa do século 17 interpretou a encarnação da palavra como a encarnação do plano de Deus em um descendente de Abraão, e não como a encarnação literal de uma pessoa que já existia antes de seu nascimento no céu.