segunda-feira, 23 de abril de 2012

História do cristianismo


História do cristianismo
A história do cristianismo é o estudo da religião iniciada por um profeta judeu de Nazaré chamado Jesus. O cristianismo se tornaria em uma das maiores religiões, afetando todas as outras fés e mudando o curso da história humana. Isso diz respeito principalmente a religião cristã e da Igreja, do sucessor de Jesus, Tiago, o Justo, até a era atual e as denominações. O cristianismo difere significativamente das outrasreligiões abraâmicas na afirmação de que Jesus Cristo é o Filho de Deus. A grande maioria dos cristãos acreditam em um Deus trino formado por três pessoas unida e distintas: Pai,filho, e Espírito Santo. Ao longo da sua história, a religião tem resistido a cismas e a disputas teológicas que resultaram em muitas igrejas distintas. Os maiores ramos do Cristianismo são a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortoxa e as Igreja protestantes.
O cristianismo começou a se espalhar inicialmente a partir de Jerusalém, e depois em todo o Oriente Médio, acabando por se tornar a religião oficial da Armênia em 301, da Etiópia em 325, da Geórgia em 337, e depois a Igreja estatal do Império Romano em 380. Tornando-se comum em toda a Europa na Idade Média, ela se expandiu em todo o mundo durante a Era dos Descbrimentos.
Atualmente o cristianismo possuí cerca de 2,13 bilhões de adeptos, sendo a maior religião mundial adotada por cerca de 33% da população do mundo. É a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia.
Cristianismo primitivo (33-325)
Cristianismo primitivo
Durante sua história, o cristianismo passou de uma obscuraseita judaica do século I para uma religião existente em todo o mundo conhecido na Antiguidade.
Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se digladiavam em fins do século I a. C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião. Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos Fariseus, voltados para a vida religiosa e o estudo da Torá, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo à independência. Nesse clima de agitação, durante o governo de Otávio, nasceu, em Belém, um judeu chamado Jesus.
Poucas fontes históricas não-cristãs mencionam Jesus ou os primeiros anos do Cristianismo. A principal fonte a respeito de sua vida são os Evangelhos, que relatam o nascimento e os primeiros anos no modesto lar de um artesão de Nazaré. Há um período sobre o qual praticamente não há informações, até que, aos trinta anos, Jesus recebe o batismo pelas mãos de João Batista, nas águas do Rio Jordão e começa a pregação de seu ideário. Para os cristãos, Ele seria o messias esperado pelos judeus. No Sermão da Montanha, descrito nos evangelhos de Mateus e de Lucas, é apresentado os princípios básicos de seu pensamento: para Jesus, a moral, como a religião, era essencialmente individual e a virtude não era social, mas de consciência. Pregava a igualdade entre os homens, o perdão e o amor ao próximo.
Segundo os Evangelhos, as autoridades religiosas judaicas não aceitaram que aquele homem simples, que pregava aos humildes, pudesse ser o rei, o Messias que viria salvá-los. Consideraram-no um dissidente e o enquadraram na lei religiosa, condenando-o à morte por crucificação, a ser aplicada pelos romanos (do ponto de vista das autoridades romanas, Jesus era um rebelde político). Levadas pelos seus discípulos, os apóstolos, a diversas partes do império romano, as idéias de Jesus frutificaram. O apóstolo Paulo, judeu com cidadania romana, deu caráter universal à nova religião: segundo ele, a mensagem de Jesus, chamado de Cristo (o ungido) por seus seguidores, era dirigida não somente aos judeus, mas a todos os povos. Com Paulo, o Cristianismo deixou de ser uma seita do Judaísmo para se tornar uma religião autônoma. Por não aceitarem a divindade imperial e por acreditarem que havia uma única verdade - a de Jesus -, os cristãos foram perseguidos pelos romanos.
Por volta do ano 70, foram escritos os evangelhos atribuídos a Mateus e Marcvos, em língua grega. Trinta anos depois, publicava-se o evangelho atribuído a João, e a doutrina da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) começava a tomar forma. O cristianismo pode, então, ser interpretado como uma síntese de crenças judaicas e persas.
Apegados ao ,monoteísmo, os cristãos não juravam o culto divino ao imperador, provocando reações violentas. As perseguições ocorreram em curtos períodos, embora violentos, na medida em que o culto divino ao imperador, estabelecido por Augusto mas formalizado por Domiciano, era aplicado nas províncias . Muitos foram perseguidos, outros morreram nas arenas, devorados por feras. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas se convertiam ao cristianismo, especialmente pobres e escravos, que se voltavam para a Igreja por acreditarem na promessa de vida eterna no Paraíso.
O poder do cristianismo não podia mais ser ignorado. A partir do momento em que cidadãos ricos do Império Romano se converteram à nova religião, a doutrina, que pregava a igualdade e a liberdade, deixava de representar um perigo social. Aos poucos, a Igreja Católica se institucionalizava e o clero se organizava, numa enorme escalada da hierarquia com o surgimento dos bispos e presbíteros, no lugar de anciãos e superintendentes. O território sob o domínio romano foi dividido em províncias eclesiásticas. Os Patriarcas, bispos dos grandes centros urbanos - como Roma,Constantinopla,Antioquia da Síria e Alexandria -, ampliaram seu poder, controlando as províncias. O bispado de Roma procurou se sobrepor aos demais, alegando que o bispo de Roma era o herdeiro do apóstolo Pedro, que teria recebido de Jesus a incumbência de propagar a fé cristã entre os povos.
Em 313, o imperador Constatino fez publicar o Édito de Milão, que instituía a tolerância religiosa no império, beneficiando principalmente os cristãos. Com isso, recebeu apoio em sua luta para se tornar o único imperador e extinguir a tetrarquia. Em 361, assumiu o trono Juliano, o Apóstata, que tentou reerguer o paganismo, dando-lhe consistência ético-filosófica e reabrindo os templos. Três anos depois o imperador morreu e, com ele, as tentativas de retomar a antiga religião romana.
Em 391,Teodósio I (379-395) oficializou o cristianismo nos territórios romanos e perseguiu os dissidentes. Após seu reinado, o império foi dividido em duas partes. Os filhos de Teodósio assumiram o poder: Arcádio herdou o Império Romano do Oriente, cujo centro político era Constantinopla (antiga Bizâncio, rebatizada em homenagem ao imperador Constantino, localizava-se onde hoje é a cidade turca de Istambul); a Honório I coube o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma.
O cristianismo primitivo pode ser dividido em duas fases distintas: o período apostólico, quando os primeiros apóstolos estavam vivos e propagaram a fé cristã: e o período pós-apostólico, quando foi desenvolvida uma das primeiras estruturas episcopais e houve uma intensa perseguição aos cristãos. Essa perseguição terminou em 313 d.C. sob o governo deConstantino I, em 325 ele promulgou o primeiro concílio de Niceia, dando início aos Concílios Ecumênicos.
Igreja Apostólica
Igreja primitiva
A Igreja Apostólica era uma comunidade liderada pelosapóstolos e pelos parentes e seguidores de Jesus De acordo com o Novo Testamento, depois de sua ressurreição, Jesus ordenou na Grande Comissão que seus ensinamentos fossem espalhados por todo o mundo. Os Atos dos Apóstolos é a fonte primária de informação sobre esse período. Escrito por Lucas, o livro conta a história da igreja primitiva a partir dessa comissão em Atos 1: 1:3-11 até a propagação da religião entre os gentios do leste do Mediterrâneo por Paulo de Tarso e outros.
Os primeiros cristãos eram de Etnias judaicas ou judeus prosélitos. Em outras palavras, os primeiros seguidores do cristianismo foram os judeus que Jesus chamou para ser seus primeiros discípulos. Apesar da Grande Comissão de Mateus 28: 19-20 ser dirigida a todas as nações, os primeiros cristãos se depararam com uma questão que trouxe problemas para os primeiros líderes da Igreja: os Gentio convertidos ao cristianismo precisariam se tornar judeus? Isso geralmente estava associado a circuncisão a a adesão de leis dietéticas. Enquanto os judaizantes apoiavam essas restrições, alguns pregadores cristãos, como o apóstolo Paulo, foram contra impor aos novos conversos essas práticas. Além disso, a circuncisão era considerada repulsiva pelosgregos da Bacia do Mediterrâneo. As ações de Pedro na conversão de Cornélio, o centurião parecia indicar que não era preciso estar circuncidado, e isso foi debatido e aprovado pelo Concílio Apostólico de Jerusalém. Questões relacionadas são debatidas ainda hoje.
As doutrinas que os apóstolos trouxeram para a Igreja Primitiva entraram em conflito com algumas autoridades religiosa judaicas. Isto levou a expulsão dos cristãos das sinagogas. O livro de Atos registra o martírio dos líderes cristãos, como Estevão e Tiago Zebedeu. A partir daí, o cristianismo adquiriu uma identidade distinta do judaísmo rabínico. Entretanto, essa diferença não foi reconhecida de uma vez pelo Império Romano. O nome cristão (do grego Χριστιανός ) foi aplicado pela primeira vez aos discípulos em Antioquia da Síria, conforme registrado em Atos 11:26 Alguns afirmam que o termo cristão foi criado como um nome depreciativo, sendo aplicado como um termo de escárnio para aqueles que seguiram os ensinamentos de Jesus.
Crenças e credos dos cristãos primitivos
As fontes para as crenças da comunidade cristão primitiva são os Evangelhos e as epístolas do Novo Testamento. Os relatos mais antigos da crença estão contidos nesses textos, como os credos e os hinos cristãos, bem como as histórias da Paixão, do tú,ulo vazio e as aparições da ressurreução. Algumas dessas crenças são datadas nos anos 30 d.C ou40 d.C40, originário dentro da Igreja de Jerusalém
Igreja pós-apostólica
Padres da Igreja
Essa fase do cristianismo pós-apostólico vai desde a morte dos apóstolos (aproximadamente 100 d.C.) até o término das perseguições e a legalização do culto cristão por Constantino, o grande.
Perseguições
Perseguição aos cristãos
Desde o início os cristãos foram sujeitos a várias perseguições. Isso resultou na morte dos primeiros cristãos, como Estevão (Atos 7:59) e e Tiago, filho de Zebedeu (Atos 12:2). A perseguição aos cristãos pelo Império Romano ficou mais feroz a partir do ano 64 d.C. quando, conforme relatado pelo historiador Romano Tácito, o Imperador Nero culpou-os pelo Grande incêndio de Roma. De acordo com a tradição da igreja,Paulo e Pedro foram martirizados em Roma por Nero. Da mesma forma, vários dos escritos do NovoTestamento mencionam o stress que era causado pelas perseguições na vida dos primeiros seguidores de Jesus. Por 250 anos os cristãos sofreram perseguições esporádicas por sua recusa em adorar o imperador romano. Por isso, eles eram considerados traidores, sendo assim punidos com a pena de morte. Apesar das perseguições serem intensas, a religião cristã continuou a sua propagação em toda a Bacia do Mediterrâneo.
Estrutura e episco
Os bispos da Igreja Pós-Apostólica emergiram como superintendentes das populações urbanas cristã. Além disso, a igreja formou gradualmente uma hierarquia no clero que tomou a forma de de episkopos (bispos), anciãos e presbíteros (pastores), além dos diáconos (servos). Mas isso aconteceu lentamente e em diferentes momentos para diferentes localidades. Clemente, Bispo de Roma, refere-se na sua carta I Clemente aos líderes da igreja de Corínto como bispos e presbíteros, indistintamente, e também diz que os bispos estão a conduzir o rebanho de Deus para o pastor chefe (presbítero), Jeus Cristo. Os escritores do Novo Testamento também usam os termos diáconos, presbíteros e anciãos de forma intercambiável.
Os principais bispos da era Pós-Apostólica incluem Policarpo de Esmirna, Clemente de Roma e Irineu de Lião, e . Esses homens supostamente conheceram e estudaram pessoalmente com os apóstolos. Por isso eles são chamados de Padres Apostólicos. Cada comunidade cristã tinha os presbíteros, que eram ordenados e ajudavam o bispo; O cristianismo se difundiu especialmente nas áreas rurais. Os presbíteros exerciam mais responsabilidades dentro das igrejas locais, tomando forma distinta como sacerdotes. Por último, os diáconos também exerciam determinadas funções, tais como cuidar dos pobres e doentes. No segundo século, uma estrutura episcopal se torna mais visível. Essa estrutura foi apoiada pela doutrina da sucessão apstólica, onde o bispo se tornava o sucessor espiritual do bispo anterior em uma linha que remontaria aos próprios apóstolos.
A diversidade do cristianismo primitivo pode ser documentada a partir do registro do Novo Testamento. O livro de Atos admite conflitos entre hebreus e helenistas; e entre cristãos judeus e cristãos gentios. As cartas de Paulo, Pedro, João, Tião e Judas são testemunhos de conflitos de liderança e de teologia na Igreja Primitiva. Em resposta aos ensinosgnósticos, Ireneu de Lião criou o primeiro documento que descreve a Sucessão apostólica.
Primeiros escritos cristãos
Como a expansão do cristianismo, alguns membros bem-educados que faziam parte do círculos do mundo helenístico vieram a se tornar bispos e líderes da igreja. Eles produziram dois tipos de obras: Teológica e Apologética. Este último eram destinados a defender a fé usando a razão para refutar os argumentos contra a veracidade do cristianismo. Esses autores são conhecidos como os Padres da Igreja, e o estudo de suas obras é chamado de patrística. Entre os notáveis Padres desse período estão Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna,Justino Mártir, Irineu de Lião, Tertuliano,Clemente deAlexandria e Orpigenes de Alexandria.
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Primeiras heresias     
 Heresias cristãs segundo a Igreja Católica
O Novo Testamento fala da importância de manter a doutrina (ortodoxa) correta e refutar as heresias, mostrando o quão antiga era essa preocupação. Por causa do alerta bíblico contra os falsos profetas, o cristianismo sempre se preocupou em manter e ensinar a interpretação ortodoxa da fé. Com efeito, um dos papéis principais dos bispos na Igreja primitiva era determinar e manter importantes crenças corretas, além de refutar as opiniões contrárias conhecidas como heresias. Como não havia diferentes opiniões entre os bispos sobre novas questões, a definição da ortodoxia iria ocupar a Igreja por algum tempo.
As primeiras controvérsias eram muitas vezes sobre a natureza cristológica, isto é, eles estavam relacionados com a divindade ou a humanidade de Jesus. O Docetismo declarava que a humanidade de Jesus era apenas uma ilusão, negando assim a encarnação. Já o arianismo considerava Jesus como um ser que não era eternamente divino - mas que também não era um mero mortal - sendo portanto de menor status do que o Pai O Trinitarianismo declarou que o Pai, o Filho e o Espírito Santo formavam um ser com três pessoas. Além disso, Cristo possuía uma dupla natureza, conhecida pelos teólogos como União hipostática. Muitos grupos mantinham crenças dualistas, sustentando que a realidade era composta de duas partes radicalmente opostas: a matéria, vista como mal, e o espírito, visto como bom. Tais visões deram origem a algumas teologias da encarnação, que foram declaradas heréticas. A maioria dos estudiosos concorda que a Bíblia ensina que tanto o mundo material quanto o mundo espiritual foram criados por Deus, sendo portanto bons.
O desenvolvimento da doutrina, a posição da ortodoxia e as relações entre as diversas opiniões é uma questão muito debatida na academia. Como a maioria dos cristãos de hoje seguem as doutrinas estabelecidas pelo Credo niceno-Constantinopolitano, os teólogos cristãos modernos tendem a considerar os primeiros debates como uma posição ortodoxa unificada contra uma minoria de hereges. Outros estudiosos, baseando-se nas distinções entre cristãos judeus, o cristianismo paulino e outros grupos, como os Marcionistas, argumentam que o cristianismo primitivo foi sempre fragmentado, com crenças contemporâneas concorrentes. 

domingo, 22 de abril de 2012

SEXO CRISTÃO


Sexo Cristão 


A castidade é a menos popular das virtudes cristãs. Porém, não existe escapatória. A regra cristã é clara: “Ou o casamento, com fidelidade completa ao cônjuge, ou a abstinência total.” Isso é tão difícil de aceitar, e tão contrário a nossos instintos, que das duas, uma: ou o cristianismo está errado ou o nosso instinto sexual, tal como é hoje em dia, se encontra deturpado. E claro que, sendo cristão, penso que foi o instinto que se deturpou. (…)

Dizem que o sexo se tornou um problema grave porque não se falava sobre o assunto. Nos últimos vinte anos, não foi isso que aconteceu. Todo o dia se fala sobre o assunto, mas ele continua sendo um problema. Se o silêncio fosse a causa do problema, a conversa seria a solução. Mas não foi. Acho que é exatamente o contrário. Acredito que a raça humana só passou a tratar do tema com discrição porque ele já tinha se tornado um problema. Os modernos sempre dizem que “o sexo não é algo de que devemos nos envergonhar”. Com isso, podem estar querendo dizer duas coisas.


Uma delas é que “não há nada de errado no fato de a raça humana se reproduzir de um determinado modo, nem no fato de esse modo gerar prazer”. Se é isso o que têm em mente, estão cobertos de razão. O cristianismo diz a mesma coisa. O problema não está nem na coisa em si, nem no prazer. Os velhos pregadores cristãos diziam que, se o homem não tivesse sofrido a queda, o prazer sexual não seria menor do que é hoje, mas maior. Bem sei que alguns cristãos de mente tacanha dizem por aí que o cristianismo julga o sexo, o corpo e o prazer como coisas intrinsecamente más. Mas estão errados. O cristianismo é praticamente a única entre as grandes religiões que aprova por completo o corpo — que acredita que a matéria é uma coisa boa, que o próprio Deus tomou a forma humana e que um novo tipo de corpo nos será dado no Paraíso e será parte essencial da nossa felicidade, beleza e energia. O cristianismo exaltou o casamento mais que qualquer outra religião; e quase todos os grandes poemas de amor foram compostos por cristãos. Se alguém disser que o sexo, em si, é algo mau, o cristianismo refuta essa afirmativa instantaneamente. Mas é claro que, quando as pessoas dizem “o sexo não é algo de que devemos nos envergonhar”, elas podem estar querendo dizer que “o estado em que se encontra nosso instinto sexual não é algo de que devemos sentir vergonha”.

Se é isso que querem dizer, penso que estão erradas. Penso que temos todos os motivos do mundo para sentir vergonha. Não há nada de vergonhoso em apreciar o alimento, mas deveríamos nos cobrir de vergonha se metade das pessoas fizesse do alimento o maior interesse de sua vida e passasse os dias a espiar figuras de pratos, com água na boca e estalando os lábios. Não digo que você ou eu sejamos individualmente responsáveis pela situação atual. Nossos ancestrais nos legaram organismos que, sob este aspecto, são pervertidos; e crescemos cercados de propaganda a favor da libertinagem. Existem pessoas que querem manter o nosso instinto sexual em chamas para lucrar com ele; afinal de contas, não há dúvida de que um homem obcecado é um homem com baixa resistência à publicidade. Deus conhece nossa situação; ele não nos julgará como se não tivéssemos dificuldades a superar. O que realmente importa é a sinceridade e a firme vontade de superá-las.

A diferença entre legalismo e Obediência


Qual é a diferença entre legalismo e obediência?
por
C. Matthew McMahon


Existe um dilema na igreja cristã hoje que será esclarecido facilmente. É caracterizado por pessoas que dizem coisas como “nós somos uma igreja do Novo Testamento”, ou “nós não precisamos mais da Lei porque estamos debaixo da graça”, ou “as pessoas que guardam a Lei são legalistas”. Se você disse coisas como estas no passado, este texto é para você. Iremos observar a diferença entre o que significa ser legalista, e o que significa ser obediente. Há um grande abismo entre os dois significados. Mas parece que muitas pessoas falham em entender o que ambos significam.

Há um argumento na igreja do século XX que é algo do tipo: Jesus cumpriu a Lei, portanto nós não precisamos guardar a Lei. A idéia continua desta forma: E nós não precisamos guardar a Lei porque estamos debaixo da graça de Cristo; não podemos conquistar a salvação por nós mesmos de modo algum, portanto o Antigo Testamento é inválido como regra de vida e prática. Como exemplo, existem muitas pessoas que desconsideram o Sermão do Monte porque Jesus expôs a Lei naquela ocasião. Eles colocariam tudo que, de qualquer forma, aluda ou afirme a Lei no lixo. Eles não dão uma resposta satisfatória de por que Deus, em sua providência, permitiu que o Antigo Testamento fosse incluído em nossa Bíblia, uma vez que ele lida com a Lei. Eles têm certeza de que não precisam disso, mas não podem dar uma boa resposta ao “por que”. Estas pessoas sentem que a observação da Lei, de qualquer tipo, é um ato de legalismo. E eles não querem tornar-se como a igreja da Galácia novamente. Assim, eles fluem na graça, e desviam-se da Lei.

Definir legalismo de uma forma bíblica seria dizer “alguém que toma a Lei e a usa de uma forma que mereça a salvação”. Legalismo é uma tentativa de salvação. Ainda assim, freqüentemente ouvimos o termo usado dessa forma: “Oh, estas pessoas são legalistas”. Os puritanos foram freqüentemente esteriotipados desta forma. Eles eram tão firmes em trazer o significado da Lei, que foram considerados legalistas. Mas se realmente entenderemos a definicação acima, então descobriremos que pessoas que seguem a Lei de Deus de uma forma que não buscam adicionar algo à obra meritória de Jesus Cristo e à sua Cruz não são legalistas. Legalista, por definição, seria dizer que a Lei ajuda a ganhar a salvação. Este foi o problema com os judaizantes. Eles pensavam que guardar a Lei mais crer na obra de Cristo fazia uma pessoa salva. Em Gálatas 5:4, Paulo diz: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”. Existiam alguns que pensavam que ser circuncidado ajudava na salvação. Mas Paulo diz que no momento que você adiciona alguma coisa à obra de Cristo, então você caiu da graça. A obra de Cristo somente justifica o ímpio (Gl 2:16; 3:11-13, 24; 6:13-14). (Solo Christus - Cristo Somente).

Legalistas estão errados. Você não pode usar a Lei para ser salvo. Você não pode guardar os mandamentos como forma de justificação porque ninguém faz só o que é certo e nunca peca (Ec 7:20). Aqueles que tropeçam em um ponto são culpados da Lei inteira (Tiago 2:10). A Lei apresenta o nosso pecado, mas não pode nos salvar. Ela somente nos faz conscientes de nossa necessidade (Rm 7:7).

Ser legalista não é bíblico. Não é uma opção do cristão. Então o que nós faremos? Aqueles que desconsideram a Lei estão certos? Se Cristo dispensa sua graça a nós, e não podemos guardar a Lei, então porque usá-la? Qual o bem da Lei? Deveríamos ser uma “Igreja do Novo Testamento”?
É verdade que o legalismo é errado e enviará uma pessoa ao inferno por crer nele. Gálatas 1:8 afirma: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”. Mas desconsiderar a Lei lançará você no inferno também. Apocalipse 22:14 (KJV) afirma: “Bem-aventurados aqueles que praticam seus mandamentos, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. O livro de Apocalipse deixa claro que aqueles que devem entrar na Nova Jerusalém e passar a eternidade com Deus são aqueles que “praticam seus mandamentos”. A palavra “mandamentos” é plural. Isto significa que Deus requer que guardemos mais que um mandamento. E freqüentemente as pessoas nos dirão para guardar o maior mandamento e que isto é tudo. Mas Cristo quer que guardemos todos os seus mandamentos.

Apocalipse 22:18-19 também nos ajuda a mostrar que Deus não quer ninguém diminua sua Palavra de forma alguma: “Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Ninguém pode tirar ou adicionar algo à Palavra de Deus. Isto significa que devemos guardar a Lei Cerimonial, uma vez que é parte da Palavra de Deus? E que nós temos de sacrificar animais novamente, porque a Lei Cerimonial nos diz isto no Antigo Testamento? Estas são boas questões, e as respostas a estas e questões similares são respondidas com um conhecimento equilibrado da obra de Cristo.

Cristo veio e completou a Lei. Em Mateus 5:17, Jesus diz que ele veio para “cumprir a Lei”. A palavra “cumprir” é plhro,w, {play-ro'-o]. Isto significa “tornar cheio, completar; fazer completo em todo particular, tornar perfeito; levar até o fim, consumar, efetivar (alguma promessa); cumprir; i.e. fazer com que a vontade Deus (como conhecida na Lei) seja obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas por meio dos profetas) recebam cumprimento”. Jesus veio para cumprir a Lei e completá-la em nosso lugar. Isto não significa que ele acabou com ela, ou a tornou nula. Este não é o significado da palavra usada.

Em Mateus 5:18, um versículo depois, ele diz: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Não somente Jesus não anula a Lei por nós, mas pelo contrário, ele faz justamente o oposto: que diante de sua obra para cumpri-la, nem um “i” ou til deve ser removido. Por causa de sua obra como Salvador sem pecado, Jesus deu aos cristãos a capacidade na salvação de fazer escolhas morais de uma nova forma, com respeito à Lei. Ele guardou a Lei de forma que podemos guardá-la também. A obra de Jesus capacita-nos a correr a corrida de uma forma digna a ganhar o prêmio. Ele não invalida a Lei, mas a coloca diante de nós, sabendo que ele estará trabalhando em nós para guardá-la. E apesar de falharmos em guardá-la, ele trabalha em nós para ultrapassarmos as barreiras.

A noção legalista aqui é destruída. Não guardamos a Lei para sermos salvos. Pelo contrário, ao guardar a Lei mostramos a nós mesmos que já recebemos a salvação por meio da cruz de Cristo. À luz da cruz de Cristo e da libertação do pecado, que recebemos, somos agora livres para guardar a Lei (Gl 4:31).
Cristo requer obediência. Nós não nos tornamos antinomianos. E aqueles que dizem que devemos nos livrar da Lei não são nada além de antinomianos heréticos. Um antinomiano é alguém que é “anti', “contra” ou “contrário”, ao “nomos” ou “lei”. Ele diz que uma pesosa pode ser salva e nunca ter de preocupar-se em viver uma vida de obediência porque estamos debaixo da graça de Cristo. Mas Paulo rapidamente dispensa esta idéia em Romanos, quando ele diz: “E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!” (6:15). Nós não recebemos liberdade para pecar, mas recebemos liberdade para não pecar. E como nós não pecaríamos a não ser que saibamos o que o pecado é? E como nós saberemos o que o pecado é a não ser que sigamos a Lei? “É a lei pecado? De modo nenhum!” (Romanos 7:7). Deus nos deu seus mandamentos para que possamos nos tornar obedientes a seus mandamentos. E nós somos capazes de ser obedientes por meio do sacrifício de seu Filho na cruz por nós. Sem o lavar-se no sangue de Cristo, nenhum homem é capaz de seguir a Lei. Não, nós não somos legalistas, e não somos antinomianos. Nós somos cristãos que desejam fazer a vontade do Pai. Nós somos aqueles que podem dizer com Paulo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3:16-17). Os antinomianos não podem dizer isto. Os legalistas não podem dizer isto. Somente aquele que é liberto por Cristo para guardar a Lei pode dizer isto, porque ele considera toda a Palavra de Deus como sendo útil. Para quê? Para ser habilitado para toda boa obra.

Nós não somos legalistas quando guardamos a Lei, porque não buscamos a Lei para encontrar a vida. Pelo contrário, a Lei nos apresenta que temos verdadeira vida em nossos corações. Guardamos a Lei para sermos obedientes a Cristo e apresentar-lhe o quanto nós o amamos por ter nos resgatado das influências condenáveis de tentar guardar a Lei para ganhar a vida eterna. Obediência está muito longe de legalismo.
“O que é obediência?” deveria ser a próxima questão a ser respondida. Obediência é expressar o amor de Cristo a Cristo ao guardar a Lei. Cristo produz em nós o fruto do Espírito (Gl 5:22-25). O Espírito produz em nós o amor de Cristo por boas obras; pois é para isto que fomos criados. Deus nos criou para as boas obras (Ef 2:10). O amor de Cristo em nós nos leva a boas obras quando estudamos e observamos a Lei. Em nosso prazer neste trabalho diante de Deus, Deus se compraz, e ele é glorificado. Quando nós nos agradamos em seguir todos os mandamentos de Deus, ele se agrada. Não deveríamos ser obedientes a Deus quando Deus, em numerosas passagens, ordena obediência de nossa parte como representantes de sua Palavra? (Nm 27:20; Isaías 1:19; Atos 6:7; Rm 6:16; 16:19; 16:26; 2Co 7:15; 9:13; Fp 1:21; 1Pe 1:2). Deus requer de nós que sejamos obedientes em toda circunstância, e aqueles que ensinam diferente são lobos malignos disfarçados em pele de cordeiro para enganar o povo de Deus. E é interessante ver que em Mateus 7:15 Jesus chama aqueles que maltratam o rebanho de “loubos roubadores”. Ele diz isto no final do Sermão do Monte, que é uma exposição dos Dez Mandamentos e da vida no Reino. Isto não é coincidência. Deus não quer falsos profetas vindo à igreja contando a ela que não é necessário guardar a Lei. Isto não é nada, senão blasfêmia e heresia contra a Palavra de Deus. Nós devemos nos esforçar para guardar a Lei de uma maneira santa por meio de Cristo.

Assim, nós vemos o grande abismo entre o que signifca ser legalista (guardar a Lei para a salvação) e obediente (guardar a Lei porque fomos salvos). Nós precisamos da Lei para mostrar o nosso pecado. Nós precisamos da Lei para nos dirigir à justiça. Nós precisamos dos mandamentos de Cristo que estão distribuídos por toda a Escritura para alcançar nossa santificação e santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Salvação não depende de guardar a Lei, pelo contrário, nossa salvação é vista em nós quando guardamos a Lei.
Caminhe por qualquer igreja do século XX neste domingo e pergunte sobre o que significa guardar o Dia do Senhor. Como uma pessoa segue o quarto mandamento? As pessoas olhariam para você perplexas. Elas veriam você como um legalista. E se você não levantasse a questão, isto nunca teria entrado em suas mentes. Mesmo quando eles participam da lição da Escola Dominical, cantam um hino ou dois, e ouvem um sermão, elas esperam a benção final durante o domingo na Igreja e nunca percebem o que o Dia do Senhor significa. Isto é uma piada; é pecado.

Que sejamos o povo da Palavra, da Palavra inteira e nada mais do que a Palavra. Que joguemos fora a heresia do legalismo, e abracemos a obediência a Cristo. Pois, a não ser que obedeçamos a Cristo, nós não temos parte nele. Por isso ele diz: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46). Não somos legalistas quando obedecemos a Cristo, pelo contrário, nós somos cristãos quando o obedecemos.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Árvore da vida


Á ARVORE DA VIDA
segundo a Bíblia, a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais que Deus colocou no centro do jardim chamado Éden. A outra é a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.
DISCRIÇÃO BÍBLICA
Os pormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que se revolvia continuamente.
Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus colocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que comesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de alcançar a vida eterna.
Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:
"E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente," (Gen 2:16)
Com exceção de UMA, a do conhecimento do bem e do mal. Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior. Aceitando esse raciocínio, era o fruto literal da árvore que garantia a vida eterna.
REFERÊNCIAS NO TEXO BÍBLICO
A Bíblia faz referência directa a esta árvore apenas no primeiro e no último livro:
§  Génesis 2:9
"Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau."  - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, (1986)
§  Génesis 3:22-24
"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." - Almeida, Versão C orrigida e Fiel
No último livro da Bíblia, o  Apocalipe ou Revelação, ao se mencionarem sete cartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades, faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso:
§  Revelação ou Apocalipse 2:7
"Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus."  Bíblia Avé Maria
Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem outras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 12 e Revelação 22:2, 14. No livro de Provébios surge a expressão "árvore de vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com a realização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4).
REFERÊNCUIA A UMA ARVORE DA VIDA EM DIVERSAS CULTURAS
A pesquisadora Maerlin Stone apresenta uma religião matriarcal cujo culto universal da serpente era o símbolo fundamental de sabedoria espiritual, fertilidade, vida e força. A autora desenvolve o tema segundo o qual a religião matriarcal era disseminada desde a Pré-História até as cvilizações pagãs e a Bíblia seria o resultado de um esforço para substituir a adoração à Grande Deusa ou Deusa mãe pela religião patriarcal de um Deus hebraico/cristão, exemplificada pela árvore da vida (alegoria bíblica do Paraíso) e local de culto à Deusa, onde eram oferecidos os frutos (exemplificada na maçã) em sua homenagem.
Diversos povos antigos possuem histórias mitológicas que fazem recordar a descrição bíblica de um paraíso terrestre original, o Jardim do Éden. Inscrições em argila, selos cilíndricos, folhas de papiro, monumentos, e outras evidências similares, foram descobertos contendo os conceitos religiosos de povos que, embora vivessem em locais geográficos distintos e possuíssem crenças divergentes, ainda assim possuíam lendas de um Éden. Sobre este assunto, o arqueólogo Sir Charles Marston, no seu livro The Bible Comes Alive (A Bíblia Ganha Vida) observa:
"Ao examinar os antigos escritos cuneiformes, alguns anteriores a Abraão, e os selos gravados e esculturas em pedra de Babilónia,Assíria e de outras civilizações primitivas, revela-se-nos notável inclinação da evidência. Até mesmo da proporção comparativamente pequena dessas relíquias de um passado remoto que chegam a nossa atenção, derivamos a impressão de que as histórias da Criação, da Tentação e da Queda do Homem [...] conforme descritas no Gênesis, eram então assunto de conhecimento actual. E que, talvez num ambiente politeísta, eram ensinadas nas escolas deUR dos Caldeus."
Babilónia
Alguns escritos religiosos da antiga Caldéia afirmam que:
"Próximo de Eridu havia um jardim em que havia misteriosa Árvore Sagrada, uma Árvore da Vida, plantada por divindades, cujas raízes eram profundas, ao passo que os ramos atingiam o céu, protegido por espíritos guardiões, e sem nenhum homem entrar."
Jonh Elder, no seu livro Prophets, Idols and Diggers (Profetas, Ídolos e Escavadores), comenta:
"Na antiga literatura babilónica há frequentes referências à Árvore da Vida, tal como mencionada em Génesis 2:9. Representações da árvore são frequentes em baixos-relevos e selos de alabastro. Seus frutos supostamente conferiam vida eterna aos que comessem deles. Certa impressão em um selo cilíndrico entre as encontradas parece ser gravura da tentação e da 'Árvore da Vida."
Egipto
Os antigos egípcios, também possuíam lendas similares sendo que numa delas se apresentava a crença de que, depois do Faraó morrer, havia uma árvore da vida da qual teria de comer para se sustentar no domínio do seu pai, Rá.
Outros povos
Há muitas outras raças cujas crenças e mitologias se acham entremeadas com características semelhantes ao Éden bíblico. O livro The Migration of Symbols (A Emigração de Símbolos), de G. d’Alviella, possui um capítulo, com mais de cinquenta páginas, devotado aos simbolismos e à mitologia associados com árvores sagradas. O texto e as numerosas ilustrações fornecem indícios de reflexos da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal nas crenças dos fenícios, sírios, persas, gregos, sicilianos, maias, aztecas, javaneses, japoneses, chineses e indianos.
Por exemplo, menciona-se nesse capítulo "que os persas possuíam uma tradição duma Árvore da Vida, a haoma, cuja resina conferia a imortalidade". Também "que a crença numaÁrvore da Vida existia entre os chineses. As tradições mencionam sete árvores maravilhosas. [...] Uma delas, que era de jade, conferia a imortalidade pelo seu fruto". Relata ainda que a mitologia escandinava menciona uma árvore sagrada chamada Yggdrasill, sob uma das raízes da qual se dizia manar uma fonte em que residiam todo o conhecimento e toda a sabedoria. Outra lenda fala duma deusa que guardava numa caixa as Maçãs da Imortalidade, das quais os deuses partilhavam a fim de renovar a juventude.
Quanto à mitologia grega, o livro Manual of Mithology, de A.S. Murray, refere na página 173:
"Acreditava-se que os Jardins das Hesperides, com as maçãs de ouro, existiam numa ilha do oceano [...] Eram muito famosos na antiguidade; pois era lá que fluíam as fontes de néctar, pelo divã de Zeus, e ali que a terra exibia as mais raras bênçãos dos deuses; era outro Éden".
Muitos dos nativos de Papua, no Pacífico, crêem numa árvore invisível na qual, e ao redor da qual, todos os que levaram vidas boas, antes de morrerem, vivem eternamente, felizes e livres de preocupações.
Harold Baily, no seu livro The Lost Language of Symbolism, relata sobre as Américas:
"Há um manuscrito mexicano no Museu Britânico em que são representadas duas figuras colhendo os frutos da chamada "Árvore de Nossa Vida". Os maias e outros povos da América Central sempre representaram suas árvores sagradas' com dois ramos partindo horizontalmente do alto do tronco, assim apresentando a semelhança duma cruz [...] e os primeiros missionários espanhóis no México verificaram, para sua grande surpresa, que a cruz já se achava em uso ali "como simbolizando uma Árvore da Vida".